O Espiritismo condena as práticas materiais de fim de ano?

Não existem práticas exteriores que crie o bem.

Inicialmente,  devo dizer que o Espiritismo não condena coisa alguma, apenas, esclarece que algumas atitudes, como, por exemplo, a inveja, a lascívia, as drogas, a corrupção, o aborto… levam a grandes sofrimentos, nesta ou nas próximas reencarnações.

Entende, entretanto, que cada um que viva como quiser e puder.

Isto posto, como relação, as chamadas práticas superticiosas do fim de ano, tais como, uso de vestimentas especiais, comer lentilhas, só realizar a ceia com a família após a meia-noite, amanhecer nas festividades do “réveillon”(*), feitas com objetivos de se obter sucesso no ano que se inicia, o Espiritismo, por ser uma filosofia espiritual de consequências morais, acredita que nenhuma prática nomaterialista, seja capaz de transforma a vida das pessoas para o bem.

Para nós, espíritas, não há um dia especial em que se comemore o Ano Novo, ou qualquer outra cerimônia ritualística. Todo dia é de trabalho e de renovar-se.

Como afirma o benfeitor espiritual André Luiz, no livro Conduta Espírita: “O espírita não se prende a exterioridades ”. Inclusive, ele nos recomenda afastar-nos de festas que se destacam pelos excessos e desregramentos, já que “a verdadeira alegria não foge da temperança”.

Acredite: Você não vai se tornar uma pessoa com paz interior, pela simples atitude, de vestir uma roupa branca no “réveillon”. A paz é uma conquista árdua que vamos construindo aos poucos em nós, porque para ofertar a paz temos que desenvolvê-la, primeiro, em nós, pelo simples fato que não podemos dar o que não possuímos.
Não existem simpatias para ganhar dinheiro. Se você não trabalhar com dedicação, não haverá dinheiro para o seu sustento material. É assim com as demais simpatias e superstições.
O azar ou a sorte não existem, o que existe é o merecimento perante as leis universais de um esforço de boa conduta para a vida.

O que precisamos para nossa vida é de mudança de atitude que resulte em nosso bem e o do nosso próximo.

Entretanto, inseridos na cultura ocidental, no Ano Novo, há um sentimento coletivo de renovação e esperança. Um movimento externo que pode ajudar a movimentar algo internamente.
E por que não, aproveitar este ensejo para reafirmar nossos votos de aprimoramento íntimo, de fé e bom ânimo?

Para concluir, deixo claro que nós, espíritas, não somos contra quem realiza simpatias, rituais, ou usa amuletos… O conteúdo da postagem é para explicar o tema na perspectiva do Espiritismo.
Feliz Ano Novo para todos nós!

(*) O termo “réveillon”, tem origem francesa   ( “réveiller”) que significa ficar acordado, não dormir. Comemora-se na França no dia 31 o Dia de Saint- Sylvestre (São Silvestre).
Na Roma antiga, no ano de 46 a.C. com decreto do Imperador Júlio César, que fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano Novo, os romanos dedicavam esse dia a “Jano”, o deus dos portões. Sabe-se ainda que o mês de janeiro teve sua origem no nome de “Jano”. Segundo a história “Jano” possuía duas faces: uma voltada para frente – que visualizava o futuro e a outra voltada para trás – que visualizava o passado.

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Sobre Herbertt Morais

Radialista, 65 anos, criador e apresentador, por vários anos, do programa “Boletim dos Esportes”, na Rádio Ribamar AM; escritor, autor dos livros: “Ame seu Filho Antes que um traficante o Adote” (um esclarecimento sobre as drogas) e “Do Útero aos Esgotos” (uma análise crítica da prática do aborto), em breve, sairá: “Temas Sociais na Perspectiva Espírita”; blogueiro, titular dos Blogs Herbertt Morais e Espaço Kardec; instrutor de práticas esportivas e recreação, com atuação, por vários anos, na Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel); assessor-chefe da Secretaria de Comércio e Trabalho (governo Roseana Sarney); assessor-chefe da Sedel (governo Cafeteira); gerente-geral da Cannes Publicidade, com matriz em Goiânia, diretor da TV Ribamar, Rádio Ribamar AM e Rádio Cidade FM; assessor parlamentar, na Assembleia Legislativa do Maranhão, há 32 anos e presidente do Instituto de Cultura e Cidadania Renascer.

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