Com o debate em torno da descriminalização da interrupção voluntária da gravidez (aborto), que está no STF, com o julgamento suspenso, por pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso, e, com isso, prosseguirá em sessão presencial do Plenário, em data a ser definida, muitas pessoas têm me perguntado sobre a posição da Doutrina Espírita sobre o tema.
Em resposta à pergunta devo dizer que por ser uma filosofia espiritualista e re-encarnacionista a Doutrina Espírita é francamente contra essa prática.
No capítulo XI de A Gênese, por exemplo, obra publicada por Allan Kardec, descrevendo o processo da encarnação do espírito, encontramos a informação clara e precisa de que a vida do novo ser reencarnante começa no exato momento da concepção.
Portanto, interromper a vida do futuro bebê é crime, pois impede o espírito reencarnante de voltar à Terra para progredir, que, afinal, é o único objetivo de todos nós que aqui estamos: progredir moral e intelectualmente.
Um argumento capcioso pró-aborto
Um dos argumentos mais sustentado por defensores do aborto é o de que a legalização do aborto evitaria os procedimentos clandestinos, que segundo eles, são feitos um milhão de abortos clandestinos por ano no Brasil.
Então, vamos lá: primeiro, o suposto elevado número de abortos clandestinos realizados no país, não é, e nunca será, argumento capaz de justificar a “legitimidade” para se matar seres indefesos, ou de apenas um, sob o manto da Lei.
Segundo, esse argumento é risível.
Vejamos: Como eles chegaram a esse número elevado de abortos clandestinos? Como?! Se os abortos são praticados, clandestinamente, em locais sem fiscalização e sem controle das autoridades? Como foram coletados esses dados? Qual o órgão do governo responsável pela pesquisa?
Deixo aqui, a eles, essas minhas indagações. Sigamos, sempre, em favor da vida!